terça-feira, 28 de dezembro de 2010

UM GRANDE AMÉM....

Por tudo que aconteceu neste ano, só uma palavra pode resumir tudo...

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

vAmém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!

Amém!


Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

UMA PESSOA DIFERENTE...

Hoje ouvi uma história muito interessante. Dois homens se encontraram numa curva de estrada, um vinha do sul e outro vinha do norte.

O que vinha do Sul tinha certeza para onde ia, tinha na mão uma pasta cheia de papeis.

O outro não trazia nada, apenas nos olhos um sinal de esperança, e vinha olhando para o céu. Os dois se encontram, se olharam e seguiram por um único caminho, buscando uma cidade que existia ali perto.

No meio do caminho o que não tinha nada, olhou para o outro e lhe disse: amigo o que você traz nesta maleta, que segura com tanta firmeza?

O homem olhou para ele e lhe disse eu sou uma pessoa importante, tenho muito dinheiro e aqui carrego a lista das pessoas mais ricas que conheço.

Não preciso de nada, tenho tudo que o dinheiro pode comprar, mas uma coisa me entristece, passarei neste mundo com todo poder e dinheiro, mas com o passar do tempo serei esquecido para sempre.

O outro deu um sorriso tímido e lhe disse, as vezes não é preciso ter tantas coisas, pois a pessoa mais lembrada do mundo não tinha nada, quando nasceu nem casa ou uma cama ele tinha. Nasceu numa manjedoura, cercado por animais.

Com o passar do tempo algumas pessoas começaram a seguir suas palavras, iam com ele para todos os lugares, ficavam maravilhados com seus feitos.

Ele tinha um jeito diferente de falar, de conversar com as pessoas, de tratar as crianças e os doentes.

Mas, me diga então quem é essa pessoa tão importante, quero conhecer melhor sua história e quem sabe posso espelhar minha vida nele?

Você já deve ter ouvido sobre ele em alguma igreja, grupo de pessoas que se reúnem perto de sua casa para rezar?

Tenho certeza que nunca ouvi e nem tenho idéia de quem você esta falando. Diga para mim onde ele nasceu, que dai eu vou pesquisar na internet sobre ele...

Você não precisa ir para lugar nenhum, vamos sentar aqui nesta casa de caboclo, e já você vai saber onde e quando nasceu Jesus.

Personagens...

Agora percebi que ele tem que nascer em mim também, pois só assim serei muito mais feliz.

Deus abençoe seu dia.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

REZEMOS...

Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá... Deus prove, Deus proverá...


Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

ENTÃO É NATAL

Natal?
O que é? Boa pergunta!

Mais uma vez estamos vivendo esse momento mágico, tempo de confraternizações, festas, churrascos, presentes, viagens para a casa de parentes.
Tudo isso é muito importante, sem dúvida nenhuma, mas o que vejo é que o real sentido do Natal foi esquecido.
E vocês podem me perguntar, mas Padre, qual o verdadeiro sentido do Natal?
E eu lhes respondo:
O Natal é um tempo de alegria, mas ultimamente se traduz em bebedeira, e no fim com ânimos exaltados, algumas brigas;
O Natal é um tempo de reunião familiar, mas comumente vemos pessoas cada vez mais longe;
O Natal é um tempo de espera e de esperança, mas cada vez vemos pessoas caminhando sem rumo e sem sentido para sua vida;
O Natal é um tempo de luz, mas nunca vimos tantas trevas e terrores como hoje em dia;
O Natal é um tempo de estar presente e ser presente, mas cada vez vemos mais e mais abismos entre as pessoas;
O Natal é um tempo de perdão e renascimento, mas hoje o que mais vemos são desavenças e intolerâncias;
O Natal é um tempo de acolher e amar, porém o que mais percebemos são pessoas cada vez mais excluídas, abandonadas, perdidas, esquecidas;
O Natal é um momento de chegada e de vitória, e não um tempo de derrotas, sofrimentos e mortes;

Hoje ao se aproximar o Natal, pensamos em muitas coisas, mas nos esquecemos do essencial, que é o Nascimento de Jesus.
Jesus nasceu para que o mundo possa ter uma opção, uma escolha e não estar fadado ao fracasso, as trevas e ao sofrimento, mas estar voltado para a liberdade, a vida e a salvação.
Como diz a Sagrada Escritura: “no tempo oportuno Deus enviou seu Filho, para que o mundo fosse salvo por ele...”
A salvação que Jesus vem propor é a vida plena com ele, por ele e nele, lembrando que a passagem que diz: “sem mim nada, podeis fazer...” Realmente não podemos fazer nada sem a presença de Jesus. Com ele ao nosso lado somos sempre vencedores.
Então, eu acredito que o Natal é esta festa de luz como todos dizem, mas não luzes de pisca-piscas, ou de árvores de natal, mas uma Luz radiante e inconfundível que nasce da manjedoura de Jesus, não só nos presépios de nossas Igrejas ou casas.
Acredito na luz que brilha mais intensamente, cada vez que nasce uma criança; quando um pai trabalhador tem alimentos para colocar em sua mesa; quando as pessoas aprendem a conjugar e a viver os verbos amar e perdoar.
Quando isso acontecer, ai sim, eu tenho certeza, será Natal.

Que neste Natal, Jesus nasça realmente na vida e nos corações de cada um de vocês.
Recebam uma benção especial: do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

QUANDO VOCÊ CHEGAR

Estamos lhe esperando;
Com certeza sua chegada mudará nossos dias;
Você chegará, quando menos esperarmos, pois você gosta de arte;
Hoje, alguns conseguimos olhar para você, e, para diminuir nossa angustia Inventamos situações e rimos para saber que quando você chegar encontrará Um sorriso em nossa boca;

Eu tive a graça e oportunidade de estar perto de você duas vezes, apenas cheguei perto e lhe disse:
- Amigo, levanta!
Seu olho direito estava entreaberto, o esquerdo ainda esta roxo (acho que é roxo do Corinthians, rsrsrsrsr);
Toquei no seu braço e disse estamos aqui, hoje estou sozinho, mas trago um toque de esperança de todos aqueles que esperam ansiosos pela sua volta.
Tem uma música na igreja que diz assim:
A sombra vai se abrindo, quando a noite cai e vão fugindo tantas luzes
De um dia que jamais há de se acabar, de um dia que há de começar sempre
Porque sabemos que uma nova vida, aqui nascida, ninguém mais cancelará.

Se tu vais agora, anoitecerá
Se tu vais embora, Senhor o que será
Se tu vais agora, anoitecerá
Mas se permaneces, a noite não virá

Como o mar se espraia, infinitamente, o vento soprará, e abrirá
Os caminhos escondidos, tantos corações hão de ver uma nova luz clara
Como uma chama, que onde passa queima, o teu amor, todo o mundo invadirá

A humanidade luta, sofre, espera, é terra seca, e no céu
Não há nuvens mas a vida não lhe faltará, e a esperança, brilhará para sempre
Contigo unidos, ó fonte de água viva, sua presença, o deserto acabará


Então, cara pálida, levanta e vem embora Ariel.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

UMA MULHER

Uma estrela surge mais brilhante nas constelações do céu;
Uma luz um pouco menos intensa do que Jesus surge no horizonte dos sofredores;
Uma flor mais perfumada nasce no jardim daqueles que sentem que seu coração esta endurecido para o amor;
Uma brisa suave sopra na esperança dos angustiados e deprimidos pelas situações do tempo;
Um sol radiante de calor aquece e ilumina as trevas e sombras daqueles que se encontram sem rumo;
Um perfume embriagante exala pela história das pessoas que perderam o sentido de lutar.

Quem é esta, que traz tanta inspiração poetas?
Quem é esta, que é a causa de nosso sim para a vida?
Quem é esta, que manda fazer tudo que Jesus quiser?
Quem é esta, que nos acolhe, cobre com seu manto e nos leva para Jesus?
Quem é esta, que é a causa de nossa alegria, pois nos tem como filhos?

Esta é Maria, a mãe de Jesus;
A Senhora que aponta para a Luz;
A Senhora que é Rainha e intercessora;
A Senhora que inspira para a busca da salvação;
A Senhora que guarda tudo, mesmo como uma espada transpassando seu coração;
A Senhora atenta nas bodas de Caná;
A Senhora que faz longa caminhada para servir.

Podemos falar um monte de experiências sobre a importância de Maria em nossa vida, mas mesmo assim jamais esgotaremos sua presença em nossa vida.
Maria é uma pessoa tão importante na vida da Igreja e em nossa vida, que não é possível passar um único dia sem nos lembrar dela.
Maria é símbolo daquela pessoa que coloca sua confiança total em Deus, nunca desanima ou desiste de servir;
É a força daqueles que não sabem para onde caminhar, ela é a seta que mostra Jesus para a humanidade;
É a coragem em noites escuras;
Quantos de nós, num momento de tensão, dificuldade, medo e indecisão, não pedimos que ele estivesse ao nosso lado?
Por isso irmãos e irmãs, quando nós nos reunimos para celebrar uma festa como esta temos uma grande certeza, alegramos o coração de Deus, pois como diz uma música do Pe. Zezinho: feliz a Religião que se lembra da Mãe de Jesus.
Nós nos lembramos de Maria com muito carinho, mas sabemos que o papel dela em nossa vida é mostrar o verdadeiro rosto de Jesus Cristo.

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto em Vosso ventre, Jesus.
Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós os pecadores, agora e na hora da nossa morte.
Amém.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

SONHOS

Sonhar será que vale a mesmo a pena?
Muitas vezes traçamos nossa vida por meio de uma esperança, de uma busca constante de encontrar a felicidade.
Porém, as vezes aquilo que parece estar perto esta mais distante do que conseguimos perceber.
Nossas quimeras são lançadas com redes em uma pescaria, muitas vezes não sabemos o que vamos pescar, e, nem se na verdade pescaremos, mas temos que lançar as redes, pois esse é nosso ofício, essa é nossa vocação.

Mas eu torno a perguntar sonhar é bom?

Mesmo sabendo que nossos sonhos podem nunca se realizar, podem jamais ser alcançados?
Bom a resposta deve partir do coração de cada um de nós.

Eu últimamente não estou tendo muitos sonhos, mas estou plantando na vida das pessoas a esperança e a novidade de um mundo cheio de luz de vida.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

UMA DECLARAÇÃO DE AMOR

Vou lhe fazer uma declaração de amor, mesmo sabendo que como o sol e a lua jamais nos tocaremos, ou como os trilhos de uma linha de trem, caminharemos lado a lado, mas jamais iremos cruzar nossos caminhos.
Nesta minha declaração, eu vou contemplar toda a sua beleza, o perfume dos seus cabelos e o brilho que sai dos seus olhos.
A melodia suave que sai de seus lábios e o som contagiante das batidas do seu coração.
Vou tentar descrever a delicadeza de suas mãos e seus passos largos e seguros.
Vou desenhar na minha imaginação o resplendor de sua beleza, e a meiguice de seu olhar.
O seu sorriso gostoso também quero fazer presente na minha declaração.
Quero poder lembrar, das tantas vezes que eu lhe prometi o cintilar das estrelas, mesmo sabendo que eu nunca iria chegar tão alto, nem mesmo com toda a minha imaginação, mas isso não importava, pois você era simples e tudo alegrava seu coração.
Quero lembrar-me de nossos passeios para lugar nenhum, mas também não precisávamos de roteiro, pois o caminho mais importante eu já conhecia que era o caminho e trilhar do seu coração.
Nesta declaração eu quero lembrar-me da vez que deitei no meio da rua e gritei que eu amava você, você sorriu se sentiu feliz, me deu um beijo e foi embora.
Foi embora para sempre e eu nunca mais vi, toquei ou senti seu perfume, mas quem sabe um dia você ainda ouve meu apelo pelas madrugadas e sai na janela para dizer que ainda...
Essa era minha declaração.

Adeus,
a única coisa que sobrou foi uma garrafa de água pela metade.

Essa declaração eu escrevi, para ajudar um amigo que estava apaixonado, e, por sorte eu conquistou sua bela.
Estão juntos e felizes.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

sábado, 20 de novembro de 2010

CRISTO REI

Um rei?
Sim irmãos e irmãs, um rei!
Jesus não é rei como esperavam, pois sua forma de reinar é diferente. Ele não busca nada triunfante, apenas mostra com sua simplicidade o Reino de Deus. Porém, não podemos imaginar que faça isso de qualquer jeito, pois ele é muito firme na sua proposta.
Jesus é um rei diferente, ele não oprime e não obriga ninguém a segui-lo, mas sempre mostra uma oportunidade, uma alternativa que conduz para a vida e para a liberdade.
Jesus é um rei diferente, porque ao invés de mantos coloridos e brocados de ouro traz uma túnica surrada, sua coroa não é de ouro ou diamantes, mas de espinhos, não traz anéis nos dedos, mas sim a mão aberta para acolher todas as pessoas, principalmente, os mais pobres, fracos e oprimidos.
Jesus é um rei diferente, que ao invés de se sentar em um trono, assume uma cruz pesada de madeira, para ser seu trono salvador, com a intensão e propósito de atrair para si.
A cruz era um sinal de humilhação, a pior de todas as formas de morrer, mas por amor e compromisso com a libertação de seu povo ele a aceita livremente.
Jesus é um rei diferente, porque mesmo na cruz ele tem coragem de levar a esperança e a salvação para o ladrão que pede a sua misericórdia.
Jesus é um rei diferente, porque não destrói seus inimigos como o poder da guerra ou da morte, mas que pede e comunica com amor que as pessoas aceitem a sua proposta libertadora.
Jesus é um rei diferente, porque do alto da cruz atrai todas as pessoas para si e tem coragem de salva-las, e, é no alto da cruz que se dá início a nova criação. A criação dos redimidos.
Por fim a lição que temos que aprender é esta: a fraqueza e a fragilidade da cruz são a força e o poder de Deus. Deus é o único que pode mudar o mundo e a vida de cada um de nós.
A cruz é o trono, não de um derrotado, mas o sinal de fé, amizade e o testemunho é o anúncio do verdadeiro discípulo. A morte e a ressurreição são a sabedoria infinita e misericordiosa de Deus.
Jesus é um rei diferente, pois é um rei que existe para servir, amar, perdoar e dar a salvação.
Louvado seja nosso senhor Jesus Cristo.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

terça-feira, 16 de novembro de 2010

ESTAR DE BEM

Esses dias passados aconteceu um incidente em minha Comunidade Paroquial, algo realmente muito triste.
Duas pessoas entraram numa contenda e vieram pedir para que eu tomasse uma decisão, que eu resolve o quanto antes quem estava certo e quem estava errado.
Fiquei numa situação nada agradável, pois respeito e gosto das duas pessoas.
Ouvi em separado cada uma das versões, cada uma contou do seu jeito. Ouvi como muito cuidado, pois me colocaram como juiz.
Depois de ouvidas as duas pessoas, fui para minha casa.
E elas cada vez que me viam me cobravam.
Eu enrolei o que pude e passados alguns dias tomei uma decisão, já sabendo qual seria a conclusão.
Mas, mesmo assim, falei com cada uma delas e quem questionaram dizendo por que demorou tanto pra resolver?
Eu disse que o tempo também é um bom remédio, e que ele cura emoções feridas, cura corações partidos, e, resolve qualquer situação.
Que um momento de furia pode ser resolvido com paciência e oração.
Por isso que eu tinha esperado pacientemente.
Elas me olharam e disseram que bom! pois já resolvemos e estamos de bem.
É isso que é importante estar de bem.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

sábado, 13 de novembro de 2010

UMA NOVIDADE

Hoje eu vim aqui para mostrar para todos vocês eu novidade, uma experiência gostosa de se fazer de Deus em beneficio da comunidade na qual participo.
Vim falar de algo que pode mudar completamente a sua vida. De algo que pode fazer você se tornar uma cristão muito mais feliz e cheio de testemunho para dar aos outros.
A liturgia vem nos falar da destruição do templo o do fim do mundo, não quero jamais me opor a vontade e aos designíos de Deus, mas eu vim para mostrar para todos vocês que hoje uma forma totalmente nova de acreditar que o futuro não será de destruição, mas de construção, partilha, devolução, louvor e gratidão.
Hoje vim falar com vocês sobre a experiência rica e gratificante de Deus, experiência inovadora e construtora do Reino de Deus no meio de nós e de nossa comunidade.
Vim mostrar para vocês de final deste ano litúrgico, a importância de começar um novo ano com uma mudança radical em nossa vida.
Vocês devem estar se perguntando o que será essa novidade tão grande, esse milagre tão estupendo que poderá mudar tanto assim a minha vida?
Pois bem, irmãos e irmãs, estou falando de algo muito bom, que é a experiência do Dízimo. Da devolução consciente, espontânea e livre. De um dízimo realmente alegre e confiante de que tudo o temos e somos recebemos das mãos amorosas e generosas de Deus.
O Ano Litúrgico vai chegando ao fim. Ainda mais um domingo, e se estará anunciando o Advento do novo ano. Por isso mesmo, o Evangelho fala do fim. Não do fim do mundo, mas da destruição de Jerusalém, que os judeus ligavam sempre ao fim do mundo. Ela é um prenúncio do fim dos tempos. Com a destruição de Jerusalém, termina a Antiga Aliança, e acontece a vinda de Jesus, que vem inaugurar a Igreja, o novo Povo de Deus.
Jesus fala da destruição de Jerusalém, em seguida a uma observação dos discípulos - sobretudo os que vinham da Galiléia - que se mostravam encantados com a grandiosidade e os adornos do Templo, glória do povo e da cidade. "Estais contemplando estas coisas - comentou Jesus -, mas dia virá em que não ficará pedra sobre pedra, que não seja demolida" (Lc 21,6). E, a partir daí Ele vai falando das confusões que vão acontecer, da perseguição e do ódio e, enfim, dos exércitos que virão cercar Jerusalém, prendendo e matando o povo e mandando cativos para outras nações.
E aqui Lucas traz uma palavra muito preciosa, que marca bem a distinção entre a destruição de Jerusalém e o fim do mundo: "Jerusalém será calcada pelos gentios, até que se cumpram os tempos das nações" (v. 24).
De todo o contexto das palavras de Jesus, duas admoestações são particularmente preciosas. A primeira é que não se deixe ninguém iludir por falsos profetas, que anunciam a chegada de Cristo. Isto está acontecendo mesmo nestes nossos dias. Não faltam grupos religiosos lunáticos, que anunciam a vinda de Jesus e o fim do mundo para já.
A segunda palavra de Jesus, a que devemos prestar especial atenção, é a exortação à esperança. No meio de todos os desastres e perseguições, Deus está conosco. "Nem um só cabelo cairá de vossas cabeças. Pela vossa perseverança é que haveis de salvar-vos" (Lc 21,18s). Na alma verdadeiramente cristã jamais morre a esperança. Mesmo quando as coisas nos, parecem obscuras, temos certeza da presença sábia e misericordiosa de Deus.
Estamos precisando de uma esperança bem viva, dentro de nós e no mundo em que vivemos. Tantos sinais de morte! Tantas ameaças! Tanta insegurança! Feliz daquele que não perder a esperança! E que puder transmitir esperança aos outros!
Ligando a liturgia de hoje com a proposta do Dízimo, podemos entender que nossa vida como cristãos católicos deve ser um constante testemunho das maravilhas que Deus realizou em nossas vidas e nunca desanimar diante das crises, medos e inseguranças.
Pois bem, irmãos e irmãs, a proposta hoje é essa, não vamos ficar presos por algo que ainda esta por vir, mas vamos fazer nossa parte agora na história e em nossa comunidade.
Seja dizimista e confie na generosidade de Deus. Eu sou dizimista e sou feliz. Participe você também desta alegria. Amém.


Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

CONFIAR NAS PESSOAS.

Nesses dias eu conversava com uma adolescente e ela me dizia.
-Padre não confiar em mais ninguém, pois sempre a gente é enganada, as pessoas parecem que querem afundar nossas esperanças.
Eu respondi que não bem assim, pois cada pessoa tem um jeito, uma maneira de tratar os outros.
Umas são mais atenciosas, outras mais desatentas;
Umas são mais caridosas, outras mais egoistas;
Umas são mais firmes, outras mais vulneráveis;
Mas que na verdade todas as pessoas precisam de oportunidades para serem amadas e queridas.

Não sei qual vai ser a decisão dela, mas eu ainda prefiro confiar nas pessoas.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

DERRUBAR MURALHAS

Derrubar as muralhas...
Fiquei esses dias pensando nesta frase, e, por causa do Grupo de Oração e da experiência que eles estão fazendo no Cerco de Jericó.
Eu fiquei imaginando quantas muralhas temos que derrubar em nossa vida, quantas pedras precisamos tirar de nossos caminhos e do caminho dos outros.
Por exemplo:
As muralhas do egoísmo;
As muralhas da indiferença;
As muralhas do ódio;
As muralhas do preconceito;
As muralhas da falta de amor;
As muralhas do falta de trabalho digno;
As muralhas da falta de pão nas mesas;
As muralhas da falta de escola com qualidade;
As muralhas da falta de lazer e cuidado com as crianças;
As muralhas dos corações fechados e machucados;
As muralhas das mãos que não se abrem para partilhar;
As muralhas dos olhos que não veem o sofrimento;
As muralhas dos ouvidos surdos diante do grito de sofrimento;
As muralhas das bocas cerradas que não clamam por justiça;
As muralhas dos pés que não sabem caminhar por caminhos novos e libertadores;
As muralhas das mãos que não se levantam para louvar;
As muralhas das vozes que não louvam o criador;
As muralhas dos olhos que não saber ver com ternura as obras dos criador;
As muralhas das mãos que não se juntam para rezarem juntas;
As muralhas de todas as pessoas que não conseguem colocar no altar seus dons.

Essas são apenas algumas muralhas que devem ser derrubadas.

Um abraço até a próxima.
LA TANISH

terça-feira, 26 de outubro de 2010

AQUELES QUE AMAMOS.

ESSE TEXTO SERÁ ENTREGUE NO DIA DE FINADOS DE 2010.


Hoje o vazio ocupa um lugar, a solidão e a tristeza não se afastam do meu viver.
Já faz algum tempo que você se foi. Mas aqui ainda as coisas continuam, fico sim mais triste, mas não podemos parar, nem deixar de fazer a nossa vida ainda acontecer.
Muitas vezes sua lembrança vem a minha memória, encho os olhos de água e minhas lágrimas escorrem pelo meu rosto. Tento disfarçar, saio da sala e vou para o meu quarto, sento na cama e rezo por você.
Cada dia agora sem seu apoio e sua determinação é mais difícil, quando você estava com a gente eu não tinha medo, pois a gente sabia que teríamos sempre um lugar para voltar.
Já faz mais de anos que você partiu, foi para onde sabemos, pois sua bondade e dedicação, carinho e respeito, justiça e solidariedade não lhe daria outro lugar que não fosse o céu.
Aqui em casa a gente sente sua falta, mas sabemos que sua vida foi o maior presente que tivemos, foi a maior dadiva do mundo.
Hoje ainda quando olhamos algumas fotografias do passado, vemos seu sorriso sempre aberto, sua alegria contagiante, lembramos até de algumas piadas ou histórias que você contava.
Não sei os outros, mais ainda hoje me lembro de você sentado naquela cadeira debaixo da árvore da calçada e alguns amigos que por ali passavam sempre paravam para pegar sua mão. Muito deles ainda passam, outros jamais voltarão a passar, pois já estão do seu lado ai no céu.
Hoje neste dia 02 de novembro, dia de finados, eu ouvi o Padre dizer na missa, que aqueles que amamos jamais deverão ser esquecidos, e, que jamais estão extintos, pois saímos desta vida para viver na eternidade com Deus.
Obrigado meu pai, minha mãe, meu filho, minha filha, por você ter existido e ter feito a minha vida ser tão feliz ao seu lado.


Um abraço e até a próximo.
LA TANISH

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

E EU MORRI

Eu morri numa quarta-feira. Como foi minha morte? Foi assim:
Desde cedo eu senti que algo estava diferente no ar, tinha alguma coisa que estava fora de sentido.
Meu coração amanhaceu acelerado, alguma coisa estava apertando meu coração; minha respitação estava ofegante; minhas mãos desde cedo estavam trêmulas e os olhos vermelhos.
Eu me encontrei durante o dia com várias pessoas, e tinha um quê de desdepedida, percebi que tinha um sinal de algo errado. Eu não conseguia me conectar com ninguém, tudo estava sem nexo.
A tarde foi chegando a agonia foi ficando pior, o medo tomou conta de todo meu ser, minhas mãos começaram a suar frio.
Meu corpo começou a adormecer, minhas pernas ficaram bambas, minha boca ficou seca.
E por fim, a noite veio e trouxe como que um golpe final, eram mais ou menos 20h15 minutos. Percebi que logo desde cedo que aquele era meu último dia.
E eu morri era 20h23 minutos.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

AS PESSOAS

Conheci nas minhas muitas estradas, pessoas de todos os tipos e jeitos;
como manias e crises;
loucos e sobrios;
negros e brancos;
homens e mulheres;
criancinhas e idosos;
trabalhadores e vagabundo;
empregados e desempregados;
vencedores e vencidos;
alunos e professores;
padres e fiéis;
informados e desinformados;
limpas e sujas;
bonitos e feios;
pobres e ricos;

Essa pessoas eu encontrei.
Fiz parte de vida delas e elas da minha.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

POR QUE DÓI TANTO?

As vezes dói demais tentar fazer o bem.
Dói porque perdemos a referência do que é servir, amar, perdoar, ser bom, lutar pela liberdade e pela a vida.
Dói porque deixamos de lado a vida e a história do outro, suas dores e crises, medos e inseguranças.
Dói porque não sabemos olhar com os olhos de Deus, nem acolher com o coração e muito menos entender seus limites e vitória.
Dói porque não falamos quando é preciso ou falamos quando o silêncio se faz necessário.
Dói porque fechamos os olhos para o sofrimentos dos outros e nossos ouvidos também se fecham para o clamor dos angustiados e perdidos.
Enfim, dói porque somos frios, medrosos, egoístas, mesquinhos e ambiciosos.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

terça-feira, 19 de outubro de 2010

NA IMENSIDÃO DO PENSAMENTO, A TRISTEZA DO POETA

Relendo as páginas do meu pensamento,
Fui buscar na imensidão, tempos que não voltam mais,
Lembrei-me de muitos fatos do passado,
Lembrei-me dos grandes amigos, companheirada de verdade,
Lembrei-me dos sonhos e dos encontros,
Decepcionei-me quando, vi na realidade que muitos já estão no além.

Recordei dos velhos causos e das longas prosas,
Lembrei-me de quantas noites conversando até de madrugada,
Senti uma vontade louca de voltar ao passado,
Quis reviver de novo a minha juventude com aqueles bons amigos,
Hoje tudo está diferente, cada um tomou um rumo,
Cada um seguiu seu caminho, nos diferentes caminhos do mundo.

Tenho saudade das velhas músicas, cantadas e ouvidas,
Tenho saudade de ouvir de novo o velho som de um berrante preguiçoso,
N imensidão do sertão,
Tenho vontade de ver de novo o ponteiro com a boiada atrás,
Sinto uma dor no peito, quando vejo meu par de botas jogadas no canto,
Sinto saudade e choro de verdade.

Como eu queria ouvir de novo:
Tonico e Tinoco cantando a saudade do Chico Mineiro, seu companheiro seu irmão,
Lourenço e Lourival cantando lembranças que o tempo não apaga,
Miltinho Rodrigues e Tibaji, os trovadores do Brasil, cantando o teu casamento, minha amada,
Belmonte e Amarai, sentindo a saudade de minha terra,
Léo Canhoto e Robertinho cantando o passaporte para o asilo e a mulher de um amigo meu.

Como não sentir o tempo passar se hoje recordo com saudade:
Da menina da aldeia, que cresceu com lindas curvas na cintura,
Da volta que o boiadeiro fez, pra rever os grandes amigos,
Do sonho do caminhoneiro, que eram dois amigos inseparáveis,
Da pombinha branca que voltou trazendo no bico mensagem de amor,
Da lembrança que não se afasta de mim, pois já imaginaste como ela é.

Minha mente parece uma tela que reproduz tudo o que já vivi,
Reproduz a imagem do menino na porteira pedindo uma moeda,
Faz-me ver a moça socando o pilão,
Traz-me de volta o menino caçador com sua cartucheira na cintura,fazendo bonita figura,
Dá-me vontade de ir para o velho pouso de boiada.

Queria poder voltar aos bons tempos de criança,
Andar de novo no meu cavalo preto,
Ou quem sabe com o canoeiro, dar uma pescada boa,
Podia ainda sentar no banco da pracinha com a primeira namorada,
Dar a ela uma flor do cafezal,
Mesmo que aquela fosse uma noite pra ficar na lembrança.

Sinto ainda uma forte saudade da gente da minha terra,
Pois quando passei pela velha porteira meu coração ficou meio banzaró,
Ouvi de longe o canto do inambu chitã,do xororó e do jaó,
Desejei matar a sede na água que estava na porunga cheinha,
Senti uma alegria no peito quando vi meu velho pai no alto do sitiozinho,
Veio-me a mente triste recordação, da mamãe e dos irmãos.

Hoje tanto tempo já se foi, meus cabelos branquearam,
Minhas forças foram vencidas pela mão do tempo,
Parecendo até que o destino tem um capricho,
Sinto uma saudade e volto a chorar por saber que estes tempos não vão mais voltar,
Percebo que tudo pode ser a ilusão de uma vida,
E que minha já chega ao fim e que pior de tudo, a morte não marca hora.

Sinto que vou morrendo aos poucos, e, logo,
Estarei no céu, cantando com Tião Carreiro,
Ouvindo o toque manhoso da viola do Tonico,
Vendo de longe o grande pé de cedro, que um dia foi colhido nas matas por um caçador,
E podendo rezar na capelinha branca que foi construída pro amigo Chico Mineiro,
Quando tudo terminar quero morrer abraçado ao violão.

Quero que os tocadores e os cantadores cantem e toquem para mim,
Quero que coloquem meu corpo na terra, pois foi dela que saí,
Não quero tristeza, nem lágrimas, sorriam para mim,
Quero que cantem a volta do boiadeiro e a saudade de minha terra,
Pois cantar foi o que fiz, quando pela terra andei,
E em cima do meu túmulo coloquem um Cristo de braços abertos, para mostrar em quem sempre acreditei.

Para terminar, faço minha as palavras da mágoa do boiadeiro,
Não sou poeta, nem sou cantor,
Sou apenas um amante da saudade,
Dos verdes campos lá do interior,
Escrevi hoje estas palavras pra mostrar que sofro de verdade,
Em saber que na verdade tudo isso não tem mais valor.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ONDE NASCE A ESPERANÇA?

Esses dias me perguntaram de vem a ESPERANÇA?
Fiquei imaginando que a ela não tem um lugar próprio, mas que ela nasce de sonhos, de sorrisos e alegria.
Mas depois em um outro momento eu repensei as minhas respostas e descobri que na verdade tanto os sonhos, sorrisos e alegria, já são sinais de uma vida feliz.
Mas a esperança é na verdade feita de lágrimas, lutas e derrotas e conquistas, suor, sangue e mãos calejadas.
Voltei depois para conversar novamente com a pessoa e lhe contei das minhas reflexãoes.
Ela me disse com a maior tranquilidade que também pensava diferente, mas que minha resposta inicial fez com que ela refletisse sobre os sonhos que ja teve; sobre os sorrisos e alegria que já proporcionou as pessoas e que ela pôde percebe que ela conseguiu criar nas pessoas a esperança de um mundo melhor.
Então eu entendi que a esperança nasce na verdade dos objetivos que colocamos em nossa vida, e, da maneira como tratamos as pessoas ao nosso redor.

Então meus amados, façam no mundo uma marca e eu tenho certeza que a esperança se fará presente para sempre...

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

E ELES SONHARAM

Foi assim que aconteceu...
Todos tinham sonhos, mas ninguém tinha coragem de revelar para alguém aquilo que sonhava.
Um dia debaixo de uma figueira, um menino perdeu o medo e contou de seus anseios, suas votnades, seus sonhos utópicos.
Todos num primeiro momento ficaram como medo das revelações, e, alguns até foram embora, outros balançavam a cabeça num ar de reprovação, e uns poucos ficaram admirados.
O menino continuou e os olhos daqueles lá estavam ficaram cheios de brilho e de intensa esperança.
Como foram seus sonhos?
Foram simples e verdadeiros, sem muito enredo e fantasia.
Foram assim:
As crianças correndo livres pelas ruas;
os idosos sendo valorizados pelos seus longos anos;
as mulheres elogiadas pela sua beleza;
os homens valorizados pela sua força de trabalho.
Todos viviam em paz e não havia entre eles necessitados e perdidos;
todos tinham dignidade e moradia;
todos podiam rir pela felicidade do outro;
todos recebiam parabéns e presentes;
todos podiam ir para a escola e aprender a ler e a escrever;
todos amavam e eram amados.

Foi esse o Sonho de um menino.

Um abraço e até a proxima.
LA TANISH

terça-feira, 12 de outubro de 2010

VIVA A MÃE DE DEUS E NOSSA

VIVA A MÃE DE DEUS E NOSSA,
é assim que todo o Brasil hoje canta.
É o clamor de um povo que busca a libertação;
É o grito de bocas famintas que pedem pão;
É o sonho de quem não desiste de acreditar;
É a esperança dos que morrem, mas não admitem matar;
É a força de mãos calejadas que constroem um mundo novo.

VIVA A MÃE DE DEUS E NOSSA,
Viva o povo brasileiro;
Povo guerreiro e lutador;
Guerreiro sem nenhum arma a não ser a fé;
Fé que não morre jamais;

VIVA A MÃE DE DEUS E NOSSA.

Um abraço e até mais.
LA TANISH.

sábado, 9 de outubro de 2010

Assim foi a semana...

Logo nas primeiras horas da manhã, Deus se fez presente, e, em Jesus Eucarístico todos fomos abençoados.
Depois as 9 horas nos encontramos na mesa da Eucaristia e da Palavra e Deus foi animando nosso dia e nossa esperança.
Ás 14 horas Deus nos visitou com seu perdão e sua graça e nós fomos perdoados de nossos pecados.
Depois às 19 horas de 30 minutos Deus nos abençoou com a Celebração da Eucaristia e fomos ungidos pela sua graça e recebemos dele a força para continuar nosso caminho com alegria e entusiasmo.

Bendita foi essa semana,
Bendita foram as orações,
Benditas foram as pessoas que rezaram e se entregaram para viver a graça de Deus,
Benditos foram os Padres que nos falaram e ensinaram tanto sobre o Valor da Eucaristia,
Bendita foi e é a nossa comunidade,
Bendito seja hoje e sempre o Santíssimo Sacramento, Graças e Louvores sejam dados a cada momento ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.


Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

terça-feira, 5 de outubro de 2010

EUCARISTIA

Na Eucaristia:
Encontramos a luz da vida;
Encontramos a esperança dos sofredores;
A realização dos sonhos dos pobres;
A alegria dos tristes;
A certeza dos indecisos;
A confianças dos sem esperanças;
A Luz verdadeira das noites escuras;

Na Eucaristia encontramos a vida e a vida se traduz em serviço,
em dons, em misericórdia, em perdão e em encontros com a própria vida...

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ENCONTROS

Sempre encontramos no nosso dia a dia pessoas boas, outras nao tão boas, mas graças a Deus os bons sempre vencem.
Muitas vezes encontramos pessoas que iluminam os caminhos, e, outras que muitas vezes preferem não iluminar nada.
Outras vezes encontramos que nos ajudam a levantar, mas também encontramos pessoas que não fazem nada para ajudar, pois são egoistas.
Em algumas oportunidades nos deparamos com pessoas magnificas que nos mostram que vale a pena viver e fazer o bem.

Por isso pense e descubra que tipo de pessoa você esta encontrando pelo caminho de sua vida?

Um abraço e até próxima.
LA TANISH

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

QUE BONITO

Que bonito,
quando os sonhos se realizam;
quando as mãos se dão;
quando os olhos se encontram;
quando as bocas se beijam;
quando os pobres se alimentam;
quando os ricos aprendem a partilhar;
quando as mães amamentam seus filhinhos;
quando os pais conseguem com seu trabalho colocar comida na mesa;
quando as crianças dão os primeiros passos na nossa direção;
quando as alianças nas mãos assumem um compromisso;
quando os passarinhos trinam em harmonia;
quando a chuva calma devolve a vida aos jardins secos;
quando o sol aquece as manhãs de inverno.

Que bonito,
quando as mãos construem;
quando o fogo cozinha os alimentos;
quando os sorrisos contagiam o momento;
quando as músicas alegram o ambiente;
quando os poetas se inspiram numa tarde de primavera;
quando os ipês florecem a cada tempo;
quando as abelhas produzem o mais doce mel;
quando as águas límpidas correm para o mar;
quando as lágrimas são de emoção;
quando as vitórias valem a pena;
quando as derrotas são justas.

Que bonito,
quando as mãos consagram no altar o pão e o vinho;
quando os braços se levantam para louvar o Criador;
quando a hóstia consagrada alimenta aquele que tem fé;
quando Deus fala aos seus filhos;
quando o Sacerdote perdoa os pecados;
quando a benção e a unção transformam as vidas;
quando a paz se torna uma condição para viver em harmonia;
quando a comunidade se reune para agradecer;
quando o povo junto faz o Sinal da Cruz;
quando termina a Santa Missa e o Sacerdote diz: ide em paz.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

sábado, 25 de setembro de 2010

O AMOR

A VIDA SEM AMOR É UMA BLASFEMIA...
GOSTEI DESTA FRASE E A LI NAS PÁGINAS DE UM REVISTA EM QUADRINHOS.
ISSO PARA MOSTRAR QUE O AMOR NUNCA PODER SER ALGO SUPERFICIAL, MAS UMA EXPERIÊNCIA TRANSFORMADORA E INOVADORA NA VIDA DE CADA UM DE NÓS...

QUE O AMOR MUDE A SUA VIDA E SEUS CAMINHOS...


UM ABRAÇO E ATÉ A PRÓXIMA
LA TANISH

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

BENÇÃO FESTA DO PEÃO

Em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo.

Hoje, mais uma vez abençoando a abertura desta tradicional festa do peão, imploramos as graças do céu, para que Deus possa se fazer realmente presente, protegendo, cuidando e conduzindo todos os peões para uma grande vitória.
Todos aqui já são vitoriosos, pois fazem de suas vidas um dom para a alegria e emoção dos que estão nas arquibancadas e camarotes.
Rezamos pela comissão organizadora, as autoridades, locutores e a toda população. É um momento de graça e de fé onde suplicamos as bênçãos de Deus, por intercessão de Nossa Senhora da Conceição Aparecida,

Querida Mãe, Nossa Senhora Aparecida. Vós que nos amais e nos guiais todos os dias, vós que sois a mais bela das Mães, a quem amamos de todo o coração.
Pedimos-vos que vez nos ajudeis a alcançar uma graça. Sabemos que nos ajudareis e que nos acompanhareis sempre. Por Cristo, Senhor nosso.

E abençoe-vos o Deus todo poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Parabéns a todos vocês.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

SALVE MARIA

Quem poderia imaginar que de um lugar nenhum,
de uma cidade qualquer,
de um fim de mundo,
de uma estância abandonada num descampado,
de uma querência sem eira e nem beira,
de um lugar cheio de pó e sujeira,
de uma estrada cheia de pedras,
de uns jardins sem flores,
de um riacho sem água,
de uma lua esquecida num céu distante,
de um sol extremamente aquecido,
de uma luz sem força para iluminar,
de uma gente sem classe e sem educação,
de um povo sem estudo e ignorante,
Deus poderia tirar a mais bela das criaturas e a escolher
para ser a Mãe do Salvador.
Essa Maria!
Chegou de mansinho, foi se fazendo dom, presente e presença
conquistou o coração do Criador e se tornou a Mãe do Salvador.
Salve Maria,
Mãe, Rainha, Mestra, Advogada, Senhora, Serva.
Salve a Mãe de todos nós.
Amém.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

ESSE É O MEU DEUS

Numa luz e brilho radiantes, Deus mostra na Eucaristia todo seu esplendor e toda a sua beleza;
Numa ternura infinita, Deus transcende toda história e visita todos os dias os corações;
Numa graça generosa, Deus invade com sua doçura sublime as entranhas do ser humano;
Numa piedade misericordiosa, Deus perdoa as transgressãos e esquecimentos das pessoas;
Numa força singela, Deus se desdobra num amor serviçal;
Numa alelgria sorridente, Deus contempla as obras maravilhosas de suas mãos;
Numa brincadeira contagiante, Deus deixa os pequeninos fazerem folia no seu peito;
Numa forma criativa, Deus continua criando e recriando a humanidade e distribuindo seus lindos dons;
Numa melodia harmonioza, Deus continua sintonizando as cordas os corações;
Numa certeza confiante é para esse Deus que eu rezo.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

DEUS

Deus,
única esperança da humanidade;
única alternativa dos sofredores;
único caminho verdadeiro;
única serenidade nas loucuras;
única verdade incontestável;
única vida que se doa sem cobrar nada;
única fonte que mata verdadeiramente a sede;
único luz que não se apaga.

Deus,
única escolha certa;
única brasa que não se apaga;
única dor gostosa de se sentir;
única inspiração dos apaixonados;
única escrita que leva a vida eterna;
único sonho sem ser utopia;
único aroma inconfundível;
única árvore que produz fruto saboroso;

Por fim, Deus,

única certeza, caminho, luz, verdade, amor, saudade, esperança, fonte, água eterna, carinho.
única salvação.

Por que você ainda continua tendo dúvidas?


Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

terça-feira, 14 de setembro de 2010

ALGO INTRIGANTE

Ainda hoje não inventaram nada mais intrigante do que um amigo.
Ele nos questiona;
Ele nos critica;
Ele nos corrige;
Ele nos ama;
Ele nos odeia;
Ele nos defende;
Ele chora quando estamos tristes;
Ele sorri quando sabe que estamos alegres;
Ele dorme tranqüilo, quando sabe que estamos bem em casa;
Ele reza quando saímos de viagem;
Ele fica doente quando a gente falar que vai ligar e não liga;
Ele briga com as pessoas por causa de nós;
Ele entra em desespero quando ficamos mais de um dia sem ligar.

Ainda bem que no mundo, Deus um dia inventou os amigos...
Obrigado Deus, por estas pessoas existirem e fazerem nossa vida ser tão feliz..

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

SERIA POSSÍVEL?

Seria possível viver na LUZ e não iluminar?
Seria possível viver com alegria e não alegrar quem quer que esteja ao nosso lado?
Seria possível olhar uma criança e não se alegrar com o sorriso dela?
Seria possível passar por esta vida e não fazer alguém feliz?
Seria possível olhar para o céu a noite e não buscar uma estrela diferente?
Seria possível andar por um campo lindo e não encontrar uma flor especial?
seria possível caminhar por uma floresta e não ouvir o canto trinado de um colibri?
Seria possível ver um jardim florido e não observar uma borboleta toda colorida?
Seria possível entrar numa catedral gigantesca e não se maravilhar com suas pinturas históricas?
Seria possível correr na chuva e não voltar a ser criança?

Bom tudo seria possível, mas dependeria do nosso espírito e de nossa compreensão do mundo, da vida e da história.

Um abraço e até a próxima
LA TANISH

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

SABER VIVER

Aprender deve ser a nossa única busca, nosso único objetivo.
Vivemos constantemente buscando uma série de coisas, até tentamos ser diferentes, mas nunca conseguimos descobir o que realmente podemos ser.
A nossa vida deve ser um constante ir e vir; chegar e partir; amar e ser amado; querer e ser querido; iluminar e ser iluminado.
Devemos esforçar para dar e receber; presentear e ser presente; fazer a festa e ser a festa; rir e ser o sorriso.
Seremos muito mais feliz se no mundo a nossa presença for contagiante, radiante, energizante e alegre.
Se quando terminar nossa vida, as outras pessoas falarem, ele(a), passou fazendo o bem, e, do lado dele(a) a vida era mais fácil, pois nos fez feliz. Pode ter certeza que sua passagem por esse mundo não ficará jamais despercebida ou esquecida.
Por fim, viva como se hoje fosse o primeiro dia,
o único e o último de sua vida. Pois, ai tudo valerá a pena.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

24o. DOMINGO TEMPO COMUM

Esta passagem é o centro do evangelho que Lucas escreveu, onde mostra o ser de Deus manifestado nas palavras e nas ações de Jesus. E mostra também quem são os autênticos filhos de Deus, sem manias de superioridade e sem preconceitos em relação aos outros.
O que será que levou Jesus a contar esta parábola?
Com certeza os cobradores de impostos e os pecadores, não por causa deles, mas por causa dos fariseus que não aceitavam a atitude acolhedora de Jesus.
Outra coisa pode ser que Lucas escreveu para os judeus que não aceitavam a adesão dos pagãos ao projeto de Jesus e procuravam complicar a vida dos missionários.
Assim já podemos entender os personagens da parábola.
O Pai: é Deus, que mostra seu amor na prática de Jesus;
O filho mais velho: é o povo de Israel – que se julgavam melhores por cumprirem a lei;
O filho mais novo: são os marginalizados pecadores e todos os que se converteram.
Assim, vamos dividir este texto em 4 partes:
1 – O filho mais novo e o Pai:
A herança só é dividida com a morte do Pai, e, quem tem direito primeiro é o primogênito, porém o Pai não pensa assim, todos têm o mesmo direito;
2 – O filho mais novo:
Longe do Pai, paga o preço de sua imaturidade; está numa terra estranha, de filho amado, passa a ser escravo. Começa a planejar sua volta; três pontos devem ser compreendidos:
1º Reconhecer o pecado;
2º Reconhecer que perdeu a filiação;
3º Pedir para ser admitido, mesmo como escravo e sem colocar condições.
3 – O Pai e o filho mais novo:
Podemos perceber que em nenhum momento o Pai perdeu a esperança do retorno do filho.
Vendo-o ao longe, encheu-se de compaixão, (titulo atribuído nos evangelhos somente para Jesus). Esta compaixão é o sentimento de Deus para com os sofrimentos e a humilhação humana.
A primeira atitude do Pai é não permitir que o filho se humilhe ainda mais, com o pedido para ser tratado como um escravo.
Imediatamente os servos são chamados para que o vistam, pois assim esta recebendo de volta a sua dignidade, tornando hóspede importante.
Colocam um anel em seu dedo, dando-lhe plenos poderes, pois o anel, aliança, sinal de pertença à mesma família.
Calçam-lhe sandálias, mostram assim que novamente esta livre.
E por fim matam o novilho gordo, isto quer dizer que a recuperação do filho é o fato mais importante da vida do Pai. O verbo recuperar tem neste evangelho o mesmo sentido que ressuscitar, pois este está perdido, ou mesmo que morto, e foi recuperado são e salvo.
4 – O Pai e o filho mais velho:
Até agora este estava fora de cena, pois parecia ser o filho ideal, mas suas palavras o condenam. Seu grande mal é não querer se reconciliar com seu irmão recusando assim aderir ao projeto do Pai. Ele nunca se considerou como filho, apenas como um empregado do pai; não aceita o retorno do irmão, prefere chamar o irmão de “este teu filho”, acusando-o de gastar seus bens com prostitutas.
O Pai quer autênticos filhos, e essa autenticidade requer a reconciliação, custe o que custar.
A parábola não diz se o filho mais velho assumiu a reconciliação para “entrar na casa”, ou se preferiu “ficar fora da festa”.
Jesus quer nos mostrar que nosso Deus Pai é assim: amoroso, compassivo, piedoso, querendo nos mostrar também que só começaremos a perceber isto a partir do arrependimento, da conversão, não a partir da consciência do pecado, mas a partir da decisão de voltar arrependido.
A resposta é o cristão quem, com sua prática em favor da vida, deverá dar.


Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

SUAS LÁGRIMAS

ESSA É A LETRA DE UMA MÚSICA QUE ESCREVI...
QUEM SABE UM DIA FAZ SUCESSO...
DIZEM QUE A POESIA NASCE DA INSPIRAÇÃO
E QUE A MÚSICA NASCE DO CORAÇÃO.
AQUI TEM UM POUCO DAS DUAS COISAS.


Outro dia você veio me procurar,
Tinha uma grande tristeza no seu olhar.
Suas lágrimas escorriam pelo seu rosto lindo,
Mas eu sempre imaginei ver você sorrindo.

Você me contou sua história, historia de um amor perdido
Historia de um amor fingido.
Enquanto isso eu perdido, na beleza do seu olhar
Imaginando um mundo inteiro só para poder “te” amar.

Enquanto você me falar por meios de soluços
Eu ia acariciando seu rosto lindo,
Suas lágrimas iam secando pelo toque dos meus dedos
E entre um momento e outro eu via você sorrindo.

Em cada palavra sua eu via que estava me apaixonando
Sua voz linda e macia ia me alucinando
E que você estava completando meu mundo vazio
Dando luzes e cores e mudando meu horizonte tão frio.


Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

RECOMEÇAR

Um dia eu brinquei num lindo campo que você sonhou.
Coloquei todas as minhas certezas e esperanças em suas mãos.
Dediquei todo o brilho dos meus olhos para olhar para onde você estava.
Usei todas as minhas forças para criar uma história de conto de fadas.
Vivi cada momento com intensidade e verdade.

O tempo foi passando você foi sumindo, deixando o lindo campo sem cor e sem vida.
Foi fechando suas mãos generosas e minhas certezas e esperanças foram extinguindo.
O brilho dos meus olhos foram se apagando e eu fui perdendo a graça do viver.
Você foi se afastando e eu fui vendo que o conto de fadas só existe mesmo nos livros infantis, ou nas estantes das bibliotecas.
Os momentos que vivi ao seu lado foram perdendo o sentido e eu por fim eu me entreguei ao tempo e a morte veio e me levou.

Do que fui só restam lembranças.
Do que serei somente o tempo poderá dizer.
Do que sou, para dizer a verdade acho que não sou mais nada, pois perdi o sentido e a razão, o desejo e o medo, a luz e a escuridão, a vida e a morte.

Se você estiver lendo essa mensagem, entenda que o eu quero dizer: é que você deve viver cada momento com intensidade e coragem, se entregando completamente, se algo der errado você poderá sempre recomeçar.


Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

APENAS UMA CARTA

APENAS UMA CARTA

AMIGOS DEPOIS DE UM LONGO TEMPO, CONSEGUI TERMINAR A SEGUNDA PARTE DA RESPOSTA DO CONTO: NAQUELE BANCO...
ESPERO QUE GOSTEM...
ANTES DE LER ESTA PARTE LEIAM A HISTÓRIA DE NAQUELE BANCO...


Caro senhor Juarez

Hoje de manhã ao folhear o jornal de minha cidade, encontrei transcrita sua história sobre a pessoa que o senhor encontrou. Comecei a ler e uma ansiedade foi tomando conta do meu coração e eu não conseguia parar de ler. Cada vez eu queria ler mais e mais.
Senhor Juarez, quando comecei a leitura, algo foi me chamando à atenção e fui percebendo que não era só mais uma história, mas era uma experiência que o senhor viveu.
Posso dizer que eu também conheci o mesmo jovem que o senhor descrevia, e tive certeza quando li o nome dos seus irmãos e o seu próprio nome.
Esse rapaz pelo que me lembro, desde pequeno era muito curioso, e isso incentivou sua inteligência, queria saber todas as coisas. Ele ficava horas e horas na biblioteca da pequena cidade que ele morava. Ele conhecido por todos os funcionários e todos tinham por ele grande carinho.
Lembro-me até que uma zeladora da antiga biblioteca, às vezes dizia: “menino estes seus olhos marcantes um dia vão ser descritas nas páginas de um livro”.
Ele ria e dizia que não, mas agradecia o carinho daquela senhora. Os dois se tornaram grandes amigos e ele passou a freqüentar a casa dela. Ela sempre bondosa com ele, apresentou-lhe seu marido, um homem que tinha servido ao exército na segunda guerra mundial, e que agora estava entrevado numa cadeira de rodas. Ele era um homem severo e nem parecia que um dia carregou uma alta patente no exército brasileiro.
Os dois se tornaram grandes amigos e muitas vezes a gente podia ver os dois na pracinha da frente da igreja. O nome daquela mulher era Abigail e o marido dela era Nicanor, tinham um filho, mas esse morava em outra cidade.
Um dia me lembro de ver o rapaz, que o senhor descreve como o rapaz dos olhos negros marcantes, correndo para chamar o médico da cidadezinha, pois seu melhor amigo estava morrendo e ele não queria que isso acontecesse.
Não teve jeito o senhor Nicanor morreu numa manhã do inverso de julho. O rapaz chorava como se uma parte sua estivesse sendo enterrada junto naquele túmulo.
O senhor poderia me perguntar, mas o rapaz não tinha família (?), eu respondo que sim. Mas pelo que conta a história e eu me lembro também fui testemunha quando o pai dele foi embora logo após a crise dos anos 80. Lembro como se fosse hoje e não me sai da memória, ver aqueles lindos olhos cheios de lágrima sentindo a falta do seu pai.
Ainda vejo aquele rapaz, quando ainda menino indo para a escola com seu material na mochila, e, passando todos os dias pela calçada do senhor Nicanor. Ah! Talvez tenha me esquecido de comentar, mas a dona Abigail, com a morte do marido se mudou para a outra cidade com seu filho e com sua esposa que já esperava a primeira netinha.
Era triste demais ver os lindos olhos deles toda vez vermelhos por causa daquela solidão.
Senhor Juarez, depois eu falo para o senhor que eu sou, mas antes vou contar um pouco mais da experiência que tive ao lado deste jovem.
Consultando agora as páginas da minha memória e enxugando as lágrimas que insistem em rolar pelo meu rosto. Eu sinto saudades dele. Ele era alegre, esperto e fazia todo mundo ao seu lado sentir uma grande paz, até tinha gente que arriscava uma previsão dizendo que ele um dia seria monge. Ele ria, mas acenava a cabeça dizendo que não. Pois, tinha o sonho de ir para a faculdade, estudar bastante e encontrar uma moça especial e poder se casar com ela.
Eu me lembro dele na faculdade, me lembro dele chegando cansado do trabalho, com fome, mas não tinha tempo, pois o ônibus circular não esperava e ele ai comendo pelo caminho. Quantas vezes eu sentia o cheiro bom do bolo de fubá que mãe dele fazia, com tanto carinho capricho, mas ele não tinha tempo nem para comer.
Estava me esquecendo de falar de quando ele ainda era criança e que seu irmão mais velho tinha morrido. Esse era seu grande apoio, seu amigo e aquele que sempre o mimou e fazia todos os seus gostos.
Ainda sinto sua mãozinha fria ao cumprimentar todas as pessoas. Ele chorou, mas acho que nem sabia direito o peso daquelas lágrimas. O senhor citou “O Pequeno Príncipe, permita-me fazer o mesmo: “como é incrível o mundo das lágrimas.”
É senhor Juarez o tempo não pode mesmo parar, pois senão corremos o risco dele não parar num momento de alegria ou de prazer. O senhor não acha?
Lembrou-me que ele foi crescendo e a gente já estava falando dele na faculdade. Era esse o assunto que eu falando, né?
Quando falo daquela correria que ele vivia, ainda não sei como me lembro dele fazendo curso de línguas, mas não seu ele terminou, mas pelo que li na sua história terminou sim.
Ele era um bom rapaz, conseguia tudo com facilidade e eu nunca soube que ele tivesse explorado alguém para conseguir seus objetivos.
No tempo da faculdade ele foi escolhido entre todos os alunos daquele ano para trabalhar de auxiliar numa empresa multinacional.
Ele foi e encontrou muitas portas abertas e ele foi aproveitando todas elas, me lembro que eu o ouvia reclamar com sua mãe que as coisas não estavam muito fáceis, mas que ele não iria desistir e não desistiu mesmo.
Senhor Juarez, antes de continuar descrevendo os passos deste rapaz, preciso contar para o senhor sobre a netinha da dona Abigail. Um dia eu estava levando meu filho caçula para o pediatra. Ah! Esqueci-me de dizer para o senhor eu sou casada, meu marido chama Antonio Carlos, tenho três filhos, uma menina de 16 anos, chamada Ana Fernanda e dois meninos, um de 10 anos chamado Vítor Alexandre e u caçula de 1 ano e 3 meses de nome Francisco.
Então encontrei a dona Abigail e ela tinha ainda aquele brilho bonito nos olhos e agora parecia ainda mais intenso. Ela me mostrou toda feliz a netinha de 1 ano e que tinha Síndrome de Down. Dona Abigail a segurava aquela criança com tanto carinho e disse que era o presente que Deus lhe deu pra suportar a ausência do senhor Nicanor. Era realmente lindo poder ver a alegria daquela avó e os olhinhos verdes da menininha chamada Larissa.
Voltando ao nosso amigo comum, sabe Sr. Juarez, eu cheguei a conhecer a moça dos sonhos dele; cheguei a presenciar vários beijos e abraços, era um amor bonito o deles, pois pareciam tão felizes, mas pelo que o senhor descreve não teve um final feliz, e ele sofreu muito.
Tanto sofreu que, hoje é triste imaginar um rapaz como ele ter surtos de loucura. Mas, nem tudo é mesmo como nós sonhamos.
Sr. Juarez fiquei triste ao saber que ele hoje vive num abrigo e que nem sabem quem ele é ou o que já fez na vida. Juro para o senhor que se eu pudesse encontrar esse jovem mais uma vez não deixaria que ele fosse embora.
Sr. Juarez este rapaz faz muito falta na nossa vida, pois todos sempre gostaram muito dele. Ele tinha algo especial, tinha sempre uma palavra amiga, um sorriso franco e ternura no modo de agir com as pessoas.
Lembro-me de uma vez que uma preocupação tomou conta de mim. Eu estava namorando e era extremamente apaixonada pelo rapaz. Este rapaz sempre foi muito bom pra com todos. Segundo meus irmãos, ele era um bom jogar de bola e sempre fazia o time do nosso bairro estar entre os finalistas nos torneiros.
Eu era doida por ele, e por capricho do destino ele começou se envolver com drogas, abandonando trabalho, escola, o time e por conseqüência foi me abandonando também.
Fiquei muito triste com essa situação e esse moço de olhos marcantes como o senhor descreveu, estava sentado no muro da sua casa, cantando uma música que a letra dizia mais ou menos isso: “Vai-se um amor e acha-se outro por uma melhor estrada...”
Sr. Juarez este rapaz sempre se mostrou confiante, deve ser por isso que ele conseguia até sentir o beijo da chuva.
Lembro-me daqueles olhos pretos parados no entardecer contemplando o sol se escondendo no meio das nuvens e das montanhas, pude perceber que ele não perdeu a ternura ao olhar para o sol no fim da tarde.
Ele era mesmo intrigante. Tinha um humor contagiante, ria de coisas bobas, fazia piadinhas sobre todos os assuntos. Não tinha medo de fazer amigos e se dava bem com qualquer pessoa.
Sabe, sinto falta de olhar para os olhos dele. Às vezes aqui em casa eu pego umas fotografias do passado e vejo-o sempre sentado ao lado da sua mãe.
Dias passados eu estava com algumas fotos nas mãos e umas lágrimas me traíram. Meu filho do meio veio o começou a me perguntar por que aquelas fotos me faziam chorar?
Eu respondi que eram lembranças do passado que não voltam mais.
Ele me olhou e disse: mamãe quem é este menino que esta perto do tio Júlio e do tio Otávio?
Eu disse que era alguém especial, e, que um dia com certeza ele iria conhecer. Ele sorriu e saiu para brincar, não me contive e chorei de novo.
A última foto que eu vi foi ele ao lado da sua mãe. Ele admirava muito aquela mulher, tanto que eu podia escutar no fim das noites quando ele chegava da faculdade os dois conversavam até tarde. Além de mãe e filho os eram amigos, aquilo era lindo.
Sr. Juarez vem-me a memória agora um aniversário da sua mãe. Ele era criativo, criou um monte de cartões, fez montagens de fotos antigas e chamou um fotógrafo da cidade. Eles fizeram uma surpresa para sua mãe. Ela ria tanto naquele dia. Naquela noite as estrelas do céu fizeram questão de brilhar mais intensamente, a luz estava clarinha. Foi uma noite mágica.
Mas, como a vida não é só de festa, na semana seguinte este jovem reuniu todos na hora do almoço e disse: “daqui uns 25 dias estarei indo para uma cidade grande, preciso continuar meus estudos e a firma que trabalho me promoveu de cargo e não tem mais como ficar por aqui.
Nossa, a tristeza tomou conta de todos daquele dia em diante, foi o terceiro golpe na vida daquela família: primeiro foi o abandono do pai, depois a morte do irmão e agora a mudança dele.
Não saem da minha memória as lágrimas de sua mãe, mas lembro também das suas últimas recomendações:

- Filho, confie sempre no amor de Deus e no amor de sua mãe, nunca pise em ninguém e seja bom com todas as pessoas.
Ele a abraçou e disse:
- Mãe, não se preocupe a senhora me ensinou a ser um homem de bem, honesto e leal e eu não vou mudar.
Os dois se olharam, ele se despediu de todos que ali estavam; a cada um ele tinha uma palavra de diferente. O trem apitou, anunciando a sua partida, e eu vi dos olhos pretos e marcantes dele lágrimas inconsoláveis. Ele se sentou perto da janela, fez um aceno com a mão. E o trem partiu... Acredito que ali também se partiram corações e vidas.
Ele olhou mais uma vez pra sua mãe e disse: se cuida minha rainha. Senhor Juarez, quando o senhor falava, dele se despedindo da pessoa que mais amava, ouvindo uma música, acredito que fosse de sua mãe, pois os dois eram grandes amigos, tenho certeza de que era realmente ele se despedindo dela, pois naquele momento tocava uma música no som ambiente da estação. Se não me falha a memória era uma música de Chico Buarque, que dizia: “... quem inventou a saudade deveria arrumar um jeito de desinventar...”
Senhor Juarez foram as últimas palavras que eu ouvi sair de sua boca. Até hoje ouço o som dela dentro das páginas da minha memória.
É, eu sei que o senhor esta curioso para saber o que aconteceu depois da sua partida, mas do rapaz o senhor já sabe.
Eu vou falar que depois da partida dele os olhos de sua mãe nunca mais brilharam até se fecharem para sempre. Senhor Juarez, quando o senhor falou dos olhos verdes de sua mãe, eu fiquei lembrando que não tinham mais brilho e o verde deles foram ficando “opacos” pela tristeza e pela dor.
Quando me lembro da frase que diz: “ os olhos são os espelhos da vida”, fico triste, pois quando eles não refletem alegria é porque realmente algo esta errado, ou por dor ou por medo.
Ela, senhor Juarez, sofreu desde a partida daquele trem. Eu acredito que o trem não levou somente seu filho, mas também levou a sua alegria e sua vida. No dia do velório dela, estava chovendo tanto, parecia que até o céu também estava chorando.
Na hora que baixaram o caixão no túmulo, as águas cobriram e lavaram as manchas daquela que foi um exemplo de mãe, de mulher e de rainha de um lar.
Senhor Juarez, desculpa contar tudo isso e ter tomando tanto tempo do senhor, mas ainda preciso contar mais algumas coisas.
Este rapaz que o senhor descreve com certeza sofrerá muito quando souber da morte triste de sua mãe, isto é, se ele ainda não morreu também.
Senhor Juarez os irmãos dele estão todos bem, cada um trabalhando e fazendo sua vida acontecer, todos estão casados, têm seus filhos e alguns já têm até netinhos.
Eu sei que o senhor deve estar se perguntando quem eu sou, pois bem eu sou a Fernandinha, a irmã mais nova deste jovem desconhecido.
Senhor Juarez, um último pedido, se um dia o senhor tornar a encontrar este rapaz pode dizer para ele que nós estamos ansiosos esperando a volta dele para perto de nós.
O meu endereço o senhor tem subscrito no envelope. Por favor, senhor Juarez não deixe de me avisar.
Sem mais Fernandinha.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

23° DOMINGO DO TEMPO COMUM

Muitas vezes nós esquecemos que nós somos especiais, esquecemos que fomos escolhidos pelo próprio Deus, e que a nossa escolha é um grande presente de Deus para a nossa vida.
Hoje no texto bíblico ouvimos Jesus nos convidar mais uma vez para estar como ele, para caminhar ao lado dele e colocar nossa vida em suas mãos. Mas, ele não faz isso de graça exige de nós compromisso.
Há alguns dias Jesus nos falava de renunciar a nossa vida para caminhar ao lado dele, hoje ele nos faz uma outra proposta mais ousada ainda: além de renunciar a nossa própria vida renunciar também às nossas seguranças, isto é, nossos bens, propriedades, colocando única e exclusivamente nossa esperança nele.
Hoje também texto nos coloca três pontos para a nossa reflexão:
• Perante os caminhos, sistemas e regras, só ele é o caminho;
• Perante verdades, princípios e ideologias, só ele é a verdade;
• Perante as promessas, formas, métodos, só ele é a Vida.
Observamos esses pontos, percebemos que o verdadeiro seguidor de Jesus fará todo esforço para ser discípulo responsável da sua Boa Nova.
E por fim, seguir Jesus tem um preço, entrega total e plena disponibilidade para Deus. Tudo isso é fruto da vivência esperançosa do cristão, sobretudo no sua abertura para os outros, no acolhimento sem discriminação, na disponibilidade para partilha e na alegria do serviço.
Assim para viver plenamente a nossa fé são precisas três atitudes básicas: fé robusta (isto é inabalável e confiante); esperança alegre (o Senhor vem em meu socorro e me salvará); e caridade ardente (disponibilidade para amar além do limite, doação generosa e certeza da filiação divina).
Então irmãos e irmãs, lembrando que somos especiais para Deus, qual é nossa decisão? A escolha está em nossas mãos.

Um abraço é até a próxima.
LA TANISH

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

ORAÇÃO DE SÃO JOAQUIM

EM TODAS AS SUAS NECESSIDADES, REZE, POIS POR INTERCESSÃO DE SÃO JOAQUIM
O SENHOR IRÁ LHE ATENDER.

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo
Amém!
Ó amado São Joaquim, neste momento de profunda oração, venho recorrer a vossa intercessão, para que eu seja contado entre os vossos escolhidos.
São Joaquim, amado pai da Virgem Maria, de quem ela aprendeu o sentido de amar e servir ao Deus único e verdadeiro, ensina-me também a confiar no seu amor, suas promessas e divina providência.
São Joaquim, interceda por nossa Paróquia, pastorais e movimentos, auxiliando nossos trabalhos de evangelização, obras e construções. Para que cada vez mais as obras de nossas mãos possam edificar o Reino de Deus em nossa Paróquia. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Fazer aqui seus pedidos:
- 1 em intenção da reforma e conclusão de nossa Igreja Matriz;
- 1 em sua intenção própria, ou de alguém que precisa muito receber uma graça.
Rezar:
- 1 Pai nosso;
- 3 Ave Marias;
- 1 Glória ao Pai...
Ó glorioso São Joaquim, rogai por nós que recorrermos a vós.
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo
Amém!


Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

QUEM SOU EU?

Quem sou eu?
Boa pergunta, mas vou tentar me descrever.

Sou um ser incrível, com altos e baixos;
Sou de variáveis, hipotenusas e convexos;
Sou de lua ou ensolarado, mas as vezes me encontro nublado;
Vivo na calmaria, mas para criar uma tempestade é facinho.

Olho para todos os lados, e, as vezes nem sei o que vejo, se é que vejo;
Ficou sem falar nada, por muito tempo, mas quando resolvo ninguém segura minha língua;
Nada me prende, apenas correntes feitas de sonhos;
Se eu sonho, nem sei mais se eu durmo.

Num mundo de morte, eu rezo para não matar;
Tento sobreviver, remando contra a maré, correndo o risco de cair numa cachoeira;
Tento não me afundar na lama da pobreza da minha alma;
Mas sempre me vejo inundado e transbordante de dores e horrores.

Corro para todos os lados e não chego a lugar nenhum;
Ando em círculos quadrados, nas voltas da minha própria redundância esquisita;
Pulo para chegar onde quero, mas nunca sei para onde vou;
E se vou me pergunto o porquê (?) e nem sei se vou querer voltar.

É assim que sou:
Uma luz no meio da rua;
Uma sombra numa noite de chuva;
Um sopro que nasce de um ventilador;
Uma música que ninguém ouve;
Um calafrio na espinha num sol de meio dia;
Uma dor de dente numa boca banguela;
Um cisco na terra de um olho só;
Uma unha encravada num pé que não tem dedos;
Um pente para pentear cabeça de carecas;
Uma armação de óculos sem lentes;
Um carro que não tem motor e nem rodas;
Uma máquina fotográfica que não tira fotos;
Uma caneta sem tinta, para rabiscar um papel de pão;
Uma escada sem degraus;
Uma televisão que não mostra nada;
Uma camisa sem frente, sem mangas ou botões;
Uma calça sem zíper, sem pernas e sem bolsos;
Um sapato sem sola num asfalto quente;

Eu sou tudo isso batido num liquidificador e misturado numa forma de bolo;
Sou...

Se você descobriu, me mostre e me ensina, pois senão vou continuar sendo tudo isso e você não me entenderá jamais.
Se entender bem, se não, bem também, eu acho quem entenderá.

Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

CANTA JUVENTUDE

ESCREVI ESSA MÚSICA PENSANDO NA 2o. SEMANA JOVEM, QUE VAI ACONTECER NA CIDADE DE SANTA GERTRUDES.



Canta, dança juventude, a vida quer viver
Canta, dança juventude a vida quer você.

Juventude tem que ser no mundo um sinal
Para lutar com esperança contra tudo que é mal
Por isso juventude viva a deixa a vida viver
Não aceite matar e também não queria morrer.

Canta, dança juventude, a vida quer viver
Canta, dança juventude a vida quer você.

Juventude é semente, é luta é ginga, é paixão
É graça, é dom, esperança e coração
Por isso juventude não deixa a vida passar não
Seja sempre uma força que conduza o futuro da nação.

Canta, dança juventude, a vida quer viver
Canta, dança juventude a vida quer você.

Juventude é dança, é música, é oração
É ternura, é novidade, é comunicação
Por isso juventude salve sempre o seu irmão
Tire ele da droga, do desespero e da solidão.

Canta, dança juventude, a vida quer viver
Canta, dança juventude a vida quer você.


Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

terça-feira, 31 de agosto de 2010

NAQUELE BANCO

NO ANO DE 2006, ESCREVI ESTE TEXTO, INSPIRADO POR UMA PESSOA ESPECIAL NA MINHA VIDA, ESSA PESSOA ME MARCOU MUITO E AINDA CONTINUA ME MARCANDO. ELA ME AJUDOU, CONFIOU EM MIM E ME INCENTIVOU COMO VEM FAZENDO ATÉ OS DIAS DE HOJE.

LEIAM E ESPERO QUE GOSTEM... NO FINAL TEM UMA SUGESTÃO...

UM ABRAÇO E BOA LEITURA...

Esta é uma história que nasceu da vontade de marcar uma página na história da vida. Ainda não é uma história acabada, mas é um passo que dou em direção ao mundo e a novidade de fazer da vida uma eterna brincadeira.
Espero que estas páginas possam trazer à sua vida um pouco de alegria, de emoção e principalmente de esperança.

Vou contar pra vocês uma estória intrigante, nas muitas viagens que fiz pelo mundo conheci gente de todos os tipos, de todos os credos e culturas.
Porém, a maior experiência que fiz foi na rua da minha casa. Lembro-me como se fosse agora, nada no mundo me chamou tanto a atenção, quanto àquele jovem.
Foi assim:
Era um dia da semana, o tempo estava bom, sai pra dar uma volta pelas ruas rever os velhos amigos, parar na padaria da esquina tomar um cafezinho, como fazia sempre. Quando voltava pra casa, resolvi passar pela pracinha, brinquei com as crianças, vi algumas nos balanços, nas gangorras, outros jogando bola. Tudo como sempre e tudo normal.
Resolvi antes de chegar em casa me sentar um pouco no banco do outro lado da rua que tem uma pracinha, para ver a tarde cair, algo que nós da cidade muitas vezes nos esquecemos de fazer.
E foi assim que começou este momento, que na hora não entendi, mas que depois de algum tempo percebi que foi mágico.
De repente veio um jovem rapaz, de uns 40 e poucos anos, moreno, olhos pretos e marcantes, que tinha no semblante, se isso for possível, duas expressões: uma hora de angústia e em outro momento de uma terna singeleza.
Confesso que aquele rapaz me intrigou. Parou perto de mim, pediu se podia se sentar no banco. Acenei a cabeça com ar de positivo. Ele se sentou, colocou as mãos entre as pernas e eu percebi que ele tremia, mas não podia ser de frio, pois o sol nem tinha se posto ainda.
Tentei perguntar alguma coisa, mas vi nos marcantes olhos pretos um ar de preocupação. Olhei de novo em suas mãos, estavam surradas, cheias de calos, acredito pelo trabalho, e na direita um anel, mas pude perceber que aquele anel não tinha nenhum valor, mas para ele deveria valer alguma coisa.
Olhei mais intensamente para o rosto do jovem, ele num ar de ternura apenas desviou seu olhar pra mim e simplesmente me deu um sorriso discreto.
Pensei agora com certeza ele vai me falar alguma coisa, mas não, ele voltou seu olhar novamente pro infinito, para imensidão da tarde, como que estava buscando no horizonte uma resposta.
Eu não parava de pensar como aquele rapaz era intrigante. Olhei novamente para ele, seus lábios tremiam, como se estivesse numa profunda oração.
Pude ver de seus lindos olhos, negros como uma noite que não tem luar, uma lágrima rolar, deixando sua pele morena marcada, mas ele continuou parado, como se estivesse testando a minha paciência.
Meu coração de pai, pois tenho um filho quase da mesma idade que a deste rapaz, começou a disparar e meus pensamentos a divagar pelo universo da dúvida. Fiquei com vontade de lhe fazer algumas perguntas, mas minha voz não saia, pensei em tocá-lo, mas como que envolto numa aura ele parecia protegido.
Pensei com meus botões: quem será este jovem? O que será que faz aqui? Será que esta esperando alguém? O será que entristeceu seu coração?
As perguntas cessaram quando ouvi uma criança gritando: “moço segura meu cachorrinho, ele ainda é pequeno e não conhece os perigos das ruas”. O jovem se levantou pegou o animalzinho com doçura, levou-o até o menino, e sem dizer nada voltou e se sentou novamente. Fiz apenas um pequeno comentário: “gostei da maneira como você fez.” Ele sem dizer nenhuma palavra, olhou bem dentro dos meus olhos e voltou a olhar pra imensidão do horizonte.

Aqueles olhos pretos tinham uma beleza fora do comum, algo jamais visto ou contemplado pela minha vida toda.
O jovem parecia agora se lembrar de algum fato interessante, pude perceber no seu rosto um ar de alegria e um sorrisinho de alívio marcou sua pele morena. Não percebi as horas, mas as horas foram passando, o jovem não dizia nada e eu não ousava perguntar.
Tentei forçar um pouco mais a minha visão pra ver se conseguia também ver o que ele tanto buscava no horizonte. Não me contive e perguntei: esta tudo bem com você?
Ele me olhou com um ar de tranqüilidade e de uma ternura tão grande, que fiquei até sem reação. Ele fechou os olhos e depois de uma pausa me disse:
- Apenas estou tentando entender uma pessoa. Estou tentando descobrir por que as pessoas nem sempre são o que dizem ser.
Novamente ele parou de falar, vi lágrimas escorrerem em seu rosto. Parecia que alguém realmente marcou e machucou muito sua vida. Eu queria saber mais, não apenas por curiosidade, mas para saber como que poderia ajudar um estranho, uma pessoa que mal acabara de conhecer.
Ele voltou novamente seu olhar pra imensidão do horizonte, mais uma vez o silêncio se fez presente, a não ser pelo barulho que os pássaros faziam na árvore do outro lado da rua.
Fiz de tudo mais não me contive e lhe fiz mais uma pergunta: Moço de onde você vem?
Ele apenas me olhou, fechou os olhos e chorou de uma forma tão doída que parecia uma criança que quebrara seu brinquedo mais precioso. Ele conteve as lágrimas e com uma voz muito triste me disse:
- Eu venho do sul, do norte, do leste e do oeste; eu venho do céu, das estrelas, da lua e até da luz do sol; venho da terra, dos mares, dos vulcões e das florestas; venho da brisa suave e do calor mais quente, venho pela chuva e pelo sereno da madrugada. Na verdade eu venho de todos os lugares e de lugar nenhum, eu de lugares que na verdade eu nunca estive.
Estas palavras me deixaram mais intrigado ainda. Como pode uma pessoa ser de tantos lugares e agora estar perdido, pelo que parece, em lugar nenhum?
Pedi desculpa da minha ousadia e lhe perguntei se era casado, tinha filhos, justamente por causa do anel que trazia em sua mão.
Ele me disse com a voz cheia de ternura e olhando para o anel com se fosse o maior tesouro do mundo.
- Este anel não tem nenhum valor monetário, mas tem um simbolismo muito grande. Um dia eu caminhava por um lugar qualquer da vida e ao socorrer uma velha senhora numa necessidade da vida, em forma de retribuição, me deu este anel e disse que ele tinha o poder mágico de aliança com todos os sofredores. E que um dia ela voltaria para me consolar nas minhas dores.
Juro que não entendi nada do que o rapaz falou, e ainda não tinha entendido por que um simples anel tinha tanto valor?

Novamente o silêncio ocupou um lugar. Ele novamente voltou seus olhos para o horizonte e me disse:
- Como é bonito ver o sol se pôr, de onde eu venho quase não se vê isso, lá a fumaça e os arranha-céus cobrem tudo.
Bom, para quem disse que não era de lugar nenhum, já pude descobrir que ele vinha de uma cidade.
Eu olhei a beleza verdadeira daquele pôr do sol, e, confesso que nunca tinha reparado em sua beleza.
O jovem levantou-se e me disse com a mesma ternura que chegou:
- amanhã posso voltar aqui para ver de novo o sol se pôr?
Eu respondi: claro que pode este banco raramente tem alguém sentado.
Ele se virou, tocou numa plantinha que tinha ali no canteiro da árvore e disse com uma serenidade angelical: - Como são belas, mesmo tão pequenas faz no mundo seu papel. Por que as pessoas também não são assim?
Novamente me olhou, com os olhos cheios de lágrimas, não disse nada e saiu com uma doçura, parecendo cavalgar nas nuvens.
Fiquei ali sentado, não via a hora de vê-lo de novo. Algo nele me tocou.
Fui pra minha casa, minha esposa me olhou, sorriu e me disse: o que você fazia sentado sozinho no banco da praça?
Não entendi a pergunta: como sozinho? Tinha um moço sentado comigo a tarde toda.
Minha esposa riu novamente, balançou a cabeça e fez até uma piadinha: “o médico pediu pra não te contrariar”.
Entrei no nosso quarto, tirei a roupa, tomei um banho, fui pra sala de jantar, meu filho acabara de chegar do trabalho, sentou-se à mesa e jantou conosco. Ele como sempre muito quieto, não falou nada, comeu sua comida, correu para seu quarto, pegou seu material escolar e estava quase saindo, quando me disse:
- Pai, como o pôr do sol estava lindo hoje, fazia tempo que eu não o via tão bonito.
Novamente meus pensamentos correram para a imagem daquele jovem no banco. Passei a noite toda acordado, esperando o dia amanhecer...
Amanheceu, mas por capricho do destino estava chovendo. Fiquei desanimado, pois como encontrar aquele rapaz novamente? Ele falou que viria para de novo ver o pôr do sol.
Durante o dia as horas foram passando, mas a chuva não passava, apenas ficava um pouco mais fraca.
Quando meu relógio de pulso marcou 16 horas, resolvi sair no portão, e, ao olhar para o banco lá estava o jovem com uma capa preta para rebater a chuva. Saí de casa correndo.
Minha esposa gritou que é isso homem, parece que esta fugindo da policia? Nem dei muita atenção e saí pelo portão.
Quando atravessei a rua, o rapaz me olhou como tanta ternura, como se estivesse me dizendo: “que bom que você chegou amigo”.
Novamente, mesmo com o banco ainda úmido da chuva nos sentamos, mas sem nenhuma palavra.
Ele continua o mesmo misterioso do dia anterior. Olhei nos seus olhos e ele continuava a olhar para o horizonte, só que hoje não tinha claridade no céu, apenas umas nuvens carregadas de chuva. Ficamos em silêncio...
De repente ele me disse uma única frase: “como é bom saber que Deus cuida de tudo”.
Voltou seus olhos para o horizonte, e as lágrimas invadiram seu ser, sua pele morena se tornou pálida, percebi na sua respiração que ele estava angustiado. Que coisa eu não tinha coragem de lhe perguntar nada.
Não sei como, mas de repente uma música chegou até meus ouvidos, olhei para ele com certa curiosidade, pois pensei que ele tivesse um rádio guardado ou estivesse cantando.
Ele me olhou e disse: um dia eu amei uma linda mulher ouvindo esta música. A mulher no outro dia foi embora, a música, porém nunca saiu de minha lembrança.
Então eu descobri dele mais uma coisa: “ele amou!” Quando meus pensamentos foram tomados pela dúvida, ele me disse: “não se preocupe, ao passado eu não ligo, hoje ainda continuo amando, acho que até com mais intensidade do que antes”.
Novamente eu descobrira que ele era mesmo diferente. E perguntava a mim mesmo: como pode alguém não ligar pro passado? Será que não tem mesmo mais importância?
O silêncio novamente ocupou o lugar que sempre foi dele.
O tempo foi passando, foi escurecendo como todas as tardes de chuva. O rapaz, meu amigo, sem nunca ter perguntado nada e sem nunca ter respondido nenhuma pergunta. Que coisa me lembrei na hora do livro do Pequeno Príncipe, onde dizia a conversa do menino com a raposa: “cativa-me”.
Como se cativar alguém fosse fácil, como se as pessoas fossem fáceis de se entregarem e de deixarem se conquistar assim num passe de mágica.
Começou a cair uma garoa, ele puxou um pouco o colarinho de sua capa preta e me disse uma frase:
- Foi justamente numa tarde como essa que eu me despedi da pessoa que eu mais ame.
Ele não falou mais nada, e aquela garoa foi molhando aos poucos seus cabelos e ele fechou por um instante seus lindos olhos como se estivesse recebendo um beijo da chuva. Ele me olhou e novamente me disse:
- Como é bom receber um beijo de alguém que nós temos a certeza de quem nunca irá nos enganar ou trair.
Fiquei confuso nessa hora. E a chuva apertou mais, e ele saiu correndo e me disse:
- Amanhã pode me esperar, pois eu estarei aqui no mesmo horário de hoje. Ah! Fica com um beijo da chuva no seu rosto.
Um beijo da chuva?! Algo que eu nunca imaginei na vida, ser beijado pela chuva! Fiquei ali ainda um pouco e o vi sumir em meio aos grossos pingos da chuva. A mesma chuva que veio pra não nos deixar ver o entardecer ensolarado. Que chuva maldosa e que ele soube interpretar tão bem, como sendo aquela que veio para lhe beijar o rosto.

No outro dia eu fiquei a tarde toda sentado naquele banco, mas ele não apareceu. As horas foram passando o entardecer estava lindo, fiquei imaginando qual seria a reação dos olhos dele, contemplando aqueles raios vermelhos e dourados da linda tarde que escurecia.
Confesso que fiquei triste por ele não ter aparecido, mas fazer o quê (?) se nem sempre nossos desejos são realizados, nem sempre as coisas acontecem como a gente quer.
Voltei pra casa, me sentei para o jantar, minha esposa falou: que cara de desanimo é esta homem? Não via à hora de ver o dia amanhecer, pois eu não conseguia dormir.
Olhei no relógio e ele marcava 6h15min., pensei vou me levantar, vou até a padaria, comprarei uns pães, leite e quem sabe aquele delicioso bolo de fubá que a Dona Maria faz? Na verdade pensei em tudo isso pra ver se conseguia tirar a imagem daquele rapaz da minha mente.
As horas do dia foram passando, e tudo estava do mesmo jeito em casa, até os mesmos programas da TV pareciam ser os mesmos.
A tarde foi chegando, pensei hoje não vou ficar esperando no banco, vou ficar aqui na varanda da minha casa.
Já eram 16h40min., no horário de verão, peguei minha cadeira de costume, liguei o rádio na estação de costume e ouvia as músicas e as notícias, até que percebi que ele estava sentado no banco sozinho.
Levantei fui até lá, me aproximei e ele me olhou e disse com ar de preocupação:
- Pensei que não ia vir mais, pensei que tinha perdido o amigo. Desculpa por ontem é que me perdi em meio aos carros e prédios.
Respondi para ele, não se preocupe, o importante é que hoje você está aqui.
Ele pela primeira vez sorriu e com vontade e me disse:
- Como foi o por do sol ontem? Estava bonito?
Sim, respondi, estava lindo com raios vermelhos e dourados. Este horário de verão tem esta vantagem, podemos ficar até mais tarde contemplando o entardecer.
Ele não disse nada. Ficou em silêncio. Nossa como o silêncio faz parte da vida dele. Ele fechou os olhos por uns instantes, ficou pensando e minha mente indo à loucura, pois eu não entendia. Não me contive e perguntei: - Amigo você tem família?
Ele me olhou com aqueles olhos negros, deu um suspiro profundo e me disse:
- Tenho, mas eu me perdi deles. Éramos 7 irmãos, 4 rapazes e 3 moças. Meu pai, nunca mais vimos, segundo minha mãe ele se perdeu na crise que aconteceu nos anos 80 e saiu de casa. Minha mãe coitada trabalhou de sol-a-sol, foi costureira, lavadeira e doméstica.
Meus irmãos: Aninha, Cícero, Júlio, Laura, Otávio e fernandinha, o caçula era eu, eles com muito sacrifício trabalharam muito desde cedo, e não me deixaram trabalhar e me ajudaram na escola.
Lembro-me como se fosse hoje...
Ele parou de falar ficou em silêncio, tive vontade de perguntar, mas me faltou coragem, parecia que ele sofria muito com aquela história. Contive-me não perguntei nada.
Ele respirou fundo e continuou me lembro como se fosse hoje: eu estava sentado no pátio do colégio e minha irmã Laura veio, com os olhos cheios de lágrimas e me disse:
- “Vamos para casa, aconteceu um acidente e o Cícero se machucou muito”. Saímos de mãos dadas. Eu não entendia as lágrimas da minha irmã.
Quando cheguei perto de caso vi meu irmão Júlio sentado na calçada com as mãos cobrindo o rosto, fui mais perto ele me abraçou e disse: ”não teve jeito, ele foi embora e deixou a gente”.
Naquela hora eu entendi, meu irmão tinha morrido. Foi uma placa de concreto que caiu sobre o peito dele. Ele pra não deixar seu amigo se machucar pulou na frente. Eu não sabia se ele foi herói, ou louco.
Assim, com apenas 12 anos perdi meu pai e um irmão. Fiquei sem rumo. Os outros continuaram com suas vidas, eu não sei como lidaram com o problema da ausência, mas eu tenho certeza que também sofriam muito. Moço amanhã se der certo eu volto e termino minha história.
Eu meneei a cabeça, não disse nada e olhei para o horizonte. Ele, percebi, ficou perturbado. Ficou mais intrigante ainda a sua presença.
Ele olhou para uma árvore do lado e disse: “como estas cigarras estão felizes e como é gostoso ouvir os passarinhos naquela outra árvore escolhendo os galhos pra fazer seus ninhos, tudo junto parece uma sinfonia sem ensaio, onde cada um toca o instrumento que quer”.
Meu amigo era um admirador da natureza e tinha uma grande percepção das coisas ao seu redor. Ele me perguntou as horas, eu disse a ele que não tinha levado o relógio, mas pedi que ficasse mais.
Ele balançou a cabeça como uma forma de dizer não. Levantou-se e novamente me disse: “amanhã estarei aqui, venha ficar comigo, termino a minha história e poderemos ver o pôr-do-sol”.

Eu respondi prontamente que sim. Ele fechou os olhos, agradeceu sem dizer nada e partiu. Fiquei naquele banco mais alguns minutos, depois voltei pra casa, e, me lembro que peguei o rádio e tocava uma música assim: “e onde estão meus estão estimados companheiros, já se foram tantos janeiros, desde que deixei meus pais...” Que companheiros? Se hoje o único amigo que eu tenho eu nem sei o nome dele.
Naquela noite fiquei pensando no que ele me falou. Na morte de seu irmão, no sumiço de seu pai. Mas, porque ele não me falou nada de sua mãe?
Coitado deve ser muito triste ser deixado para traz, sem ninguém, sem nenhuma casa, sem ter onde repousar.
Por falar nisso onde será que ele dorme? Será que tem uma casa? Aquela noite foi longa cheia de perguntas e sem nenhuma resposta.
O dia amanheceu, nem percebi, mas já era sábado, todos indo e vindo, todos numa correria. Nossa como é bom sábado de manhã; me lembro das vezes que ia na feira ao lado da Igreja para comer pastel e tomar um refrigerante, o dono da barraquinha até já sabia qual era a minha preferência.
Veio à tarde pensei hoje ele não vai aparecer. Fiquei sentado naquele banco horas e horas; as crianças corriam, jogavam bola, pulavam corda e nenhuma deles se preocupando, pois não tinha aula.
Eis que olho e vejo meu amigo anônimo. Ele vem senta-se ao meu lado e diz:
- Vai ser uma pena quando eu não puder mais vir aqui. Acho tão bonita esta visão do entardecer.
Fiquei assustado. Não vir mais? Mais por quê?
Ele me olhou e disse:
- De onde eu venho nunca o entardecer é tão bonito.
Meu Deus de onde ele vem? Não resisti e perguntei.
- Mas, de onde você vem? Por que lá não tem beleza o entardecer?
Ele meneou a cabeça e me disse:
- Sou de uma terra distante, lá os prédios escondem tudo. Lá as nuvens nunca aparecem e quando chove, só vemos a chuva cair no chão e não vemos de onde ela esta vindo. Lá nem sei se tem céu.
Nossa que difícil! Conta-me mais sobre sua família.
- Minha família? Tenho vontade de voltar a morar com eles. Tenho saudade das longas conversas, da mamãe trazendo no fim do tarde bolo de fubá e café com leite. Que saudade que eu tenho dela.
Tenho guardado na mente imagens que parecem vídeotape que reproduzem até o som das gargalhadas dos meus irmãos mais velhos.
Moço, é difícil viver hoje sem saber como eles estão, não sei nada da minha mãe; a última vez que soube dela, ela estava muito doente, se não me engano era tuberculose. Coitada tão bonita: pele morena assim como a minha e olhos verdes como as florestas. Eu adorava vê-la arregalando os olhos pra brincar comigo.
Amigo, você ainda tem sua mãe? Você tem irmãos? Esposa? Filhos?
Nossa como fiquei surpreso ele nunca me perguntava nada. Contei que sim. Que minha mãe já tinha falecido e que meu pai morava com um irmão e que eu era casado, tinha um filho de nome: Vitor Paulo e que minha esposa chamava-se Divina.
Contei um pouco sobre minha casa e via dos olhos negros dele correr duas lágrimas. Ele com uma ternura mágica nos olhos, perguntou meu nome.
Eu respondi que só diria se ele também me contasse o dele. Ele concordou e eu lhe disse: meu nome é Juarez, tenho 64 anos e moro neste bairro desde que nasci, aqui me criei, estudei, trabalhei na estrada de ferro e me aposentei. E você como se chama e por que está aqui?
Ele respirou fundo e num sorriso meio tímido me disse:
- É! Faz muito tempo que ninguém pergunta o meu nome, não passo para a maioria das pessoas de um bêbado, vagabundo e até mesmo de um lunático.
Mas eu sou formado na faculdade, sou mestre em física nuclear de estudos científicos da Faculdade.
Sou poliglota, falava comumente 5 idiomas com freqüência, ou melhor, falava antes de ficar com esquizofrenia por causa dos estudos e de um amor mal correspondido. Muitos dos grandes deste país já estiveram sentados ouvindo minhas conferências, mas eles hoje nem sabem se estou vivo ou morto. Meu nome? Se é que ainda o tenho se é que ele ainda representa alguma coisa?
Ele parou por um instante, pensei, ele não vai dizer. Mas, acho que eu nem queria mais saber, só de saber de suas credenciais, percebi que estava diante de um gênio não reconhecido e esquecido. Ele me olhou com a ternura de sempre e me disse:
- Hoje eu durmo num abrigo, e, nem sabem que eu sou não tenho nome para eles sou apenas mais um perdido no mundo. Mas, você quer mesmo saber meu nome? Por que isso lhe tem importância?
Você nunca mais me verá, estou sendo transferido para um outro abrigo da capital do país. Lá com certeza morrerei, lá com certeza perderei por completo a minha identidade. Meu nome é fernando, não é nada.
Bom amigo, já esta tarde, agora já sabe tudo sobre este cara que foi marcado pela desilusão da vida e pela ingratidão da história. Obrigado por me ouvir; obrigado por se preocupar comigo, com este louco e desconhecido. Ninguém até hoje havia me tratado com tanto carinho. Que Deus lhe abençoe.
Ele se levantou e do mesmo jeito que chegou partiu. Nunca mais o vi, e nem mesmo soube notícias dele.
Mas vocês que leram esta história se um dia encontrarem um rapaz de capa preta, pele morena e olhos pretos marcantes, por favor, venham me avisar.
Vocês saberão como me encontrar, pois todos os dias estou sentado no banco daquela praça, esperando ele voltar. Por favor, não deixem de me avisar.

Esta história nasceu do desejo de mostrar às pessoas que o mundo pode ser diferente, e que pessoas que nós muitas vezes não damos nenhum valor podem nos mostrar coisas novas e lindas.
Por isso, eu peço que não tenham medo de se sentarem um dia num banco de praça e de conversar com um estranho, pois vocês poderão aprender coisas novas...

Um abraço deste amigo desconhecido que muito se parece com este jovem...

(PS. NA SEMANA QUE VEM COLOCO A SEGUNDA PARTE DESTA HISTÓRIA.)


Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

CADÊ O TEMPO?

Esses dias eu estava no telefone marcando uma reunião com umas pessoas aqui na Igreja, e, a pessoa do outro lado disse: - Espera, vou pagar minha agenda. E começou a dar risada.
Eu perguntei, porque você esta rindo?
Ele me disse: falei da agenda pra fazer média, pois eu nunca consigo cumprir o que esta nela...
Dai eu lhe disse: verdade eu tento cumprir, mas é muito difícil, pois surgem compromissos a cada momento.

Depois pensando neste fato, eu percebi que realmente nossa vida esta muito corrida, não temos tempo para nada.
Vamos ver por exemplo algumas coisas que eu percebi.

Os pais não tem mais tempo para os filhos, pois trabalham em horários revezados;
Os filhos não tem mais tempo para os pais, por causa da escola, faculdade, internet, baladas com os amigos;
Os professores, tem pouco tempo, pois precisam sair de uma escola e correr para outra, as vezes sem almoço ou jantar;
Os médicos, quase não tem tempo para os pacientes, pois correm de uma emergência para outra, de uma hospital para outro;
Os padres, tem pouco tempo para atender seus fiéis, pois correm de uma casa para outra, de um doente ou de um velório, de uma benção ou de uma confissão;

Estas são apenas algumas observações, mais vocês me ajudem a terminar esta postagem, para que possamos perceber como estamos com falta de tempo...


Um abraço e até a próxima.
LA TANISH