sexta-feira, 10 de setembro de 2010

24o. DOMINGO TEMPO COMUM

Esta passagem é o centro do evangelho que Lucas escreveu, onde mostra o ser de Deus manifestado nas palavras e nas ações de Jesus. E mostra também quem são os autênticos filhos de Deus, sem manias de superioridade e sem preconceitos em relação aos outros.
O que será que levou Jesus a contar esta parábola?
Com certeza os cobradores de impostos e os pecadores, não por causa deles, mas por causa dos fariseus que não aceitavam a atitude acolhedora de Jesus.
Outra coisa pode ser que Lucas escreveu para os judeus que não aceitavam a adesão dos pagãos ao projeto de Jesus e procuravam complicar a vida dos missionários.
Assim já podemos entender os personagens da parábola.
O Pai: é Deus, que mostra seu amor na prática de Jesus;
O filho mais velho: é o povo de Israel – que se julgavam melhores por cumprirem a lei;
O filho mais novo: são os marginalizados pecadores e todos os que se converteram.
Assim, vamos dividir este texto em 4 partes:
1 – O filho mais novo e o Pai:
A herança só é dividida com a morte do Pai, e, quem tem direito primeiro é o primogênito, porém o Pai não pensa assim, todos têm o mesmo direito;
2 – O filho mais novo:
Longe do Pai, paga o preço de sua imaturidade; está numa terra estranha, de filho amado, passa a ser escravo. Começa a planejar sua volta; três pontos devem ser compreendidos:
1º Reconhecer o pecado;
2º Reconhecer que perdeu a filiação;
3º Pedir para ser admitido, mesmo como escravo e sem colocar condições.
3 – O Pai e o filho mais novo:
Podemos perceber que em nenhum momento o Pai perdeu a esperança do retorno do filho.
Vendo-o ao longe, encheu-se de compaixão, (titulo atribuído nos evangelhos somente para Jesus). Esta compaixão é o sentimento de Deus para com os sofrimentos e a humilhação humana.
A primeira atitude do Pai é não permitir que o filho se humilhe ainda mais, com o pedido para ser tratado como um escravo.
Imediatamente os servos são chamados para que o vistam, pois assim esta recebendo de volta a sua dignidade, tornando hóspede importante.
Colocam um anel em seu dedo, dando-lhe plenos poderes, pois o anel, aliança, sinal de pertença à mesma família.
Calçam-lhe sandálias, mostram assim que novamente esta livre.
E por fim matam o novilho gordo, isto quer dizer que a recuperação do filho é o fato mais importante da vida do Pai. O verbo recuperar tem neste evangelho o mesmo sentido que ressuscitar, pois este está perdido, ou mesmo que morto, e foi recuperado são e salvo.
4 – O Pai e o filho mais velho:
Até agora este estava fora de cena, pois parecia ser o filho ideal, mas suas palavras o condenam. Seu grande mal é não querer se reconciliar com seu irmão recusando assim aderir ao projeto do Pai. Ele nunca se considerou como filho, apenas como um empregado do pai; não aceita o retorno do irmão, prefere chamar o irmão de “este teu filho”, acusando-o de gastar seus bens com prostitutas.
O Pai quer autênticos filhos, e essa autenticidade requer a reconciliação, custe o que custar.
A parábola não diz se o filho mais velho assumiu a reconciliação para “entrar na casa”, ou se preferiu “ficar fora da festa”.
Jesus quer nos mostrar que nosso Deus Pai é assim: amoroso, compassivo, piedoso, querendo nos mostrar também que só começaremos a perceber isto a partir do arrependimento, da conversão, não a partir da consciência do pecado, mas a partir da decisão de voltar arrependido.
A resposta é o cristão quem, com sua prática em favor da vida, deverá dar.


Um abraço e até a próxima.
LA TANISH

Nenhum comentário:

Postar um comentário